13.11.01

Um blog esquizofrênico, que vai sem escalas de Shakespeare, Cecília Meireles e Giuseppe Ungaretti a Agnaldo Timóteo e Odair José? Sim, mas há algum método nessa esquizofrenia, que pode ser resumido numa frase curta e, principalmente, grossa: foda-se o pop. Aqui você não vai ler posts sobre os Strokes, essa recentíssima reinvenção da roda pelas "cabeças pensantes" da imprensa roqueira. Muito menos considerações sobre os livros do Nick Hornby ou da Helen Fielding.

Tenho bons amigos que gostam dessas coisas, tratam delas em seus blogs etc. Só que a conversa do puragoiaba é outra. Quando não falarmos de "alta cultura" (definição que reconheço ser muitíssimo discutível), seremos decididamente, resolutamente, "trash". Não haverá meio-termo.

Porque meio-termo e mediocridade -no sentido etimológico desse termo, ou seja, coisa de qualidade média, comum- são, na minha opinião, elementos importantíssimos desse tipo de pop, se não definidores dele. O que é mediano pode, sim, ser gostoso de ouvir e de ler. Mas, em princípio, não interessa ao puragoiaba. Aqui só entra o que é bom (segundo os critérios bastante contestáveis deste escriba) ou muito ruim. Melhor: muito péssimo.