Um pouco de Cecília Meireles, para encerrar a noite.
Porque amanhã Cecília faz cem anos. E porque nem só de goiaba vive o homem.
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
("4º Motivo da Rosa". Salvo engano meu, do livro "Mar Absoluto", 1945)
Porque amanhã Cecília faz cem anos. E porque nem só de goiaba vive o homem.
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
("4º Motivo da Rosa". Salvo engano meu, do livro "Mar Absoluto", 1945)
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