19.11.01

AUTOBIOGRAFIA NÃO-AUTORIZADA

Conforme o prometido alguns parágrafos atrás (isto é, abaixo), segue um breve relato da vida de Ruy Goiaba. Obviamente, não há um pingo de verdade no que você lerá a seguir.

* Minha primeira paixão foi o futebol. No início dos anos 80, achei que tivesse algum futuro em times que aceitavam jogadores como Nílton Batata, Rubens Feijão e Ernâni Banana. O que seria mais adequado para acompanhá-los do que um Ruy Goiaba? Cedo descobri, contudo, que eu era o maior perna-de-pau do Ocidente. Desisti do ludopédio.

* Tentei a música. Custa-me confessar, mas eu fiz parte da primeira formação do Menudo -que na época, poucos sabem, era um sexteto (Charlie, Ricky, Robby, Ray, Roy e Ruy). Durou pouquíssimo. O empresário me despediu dizendo, sem muita delicadeza, que minha barriga cervejeira não combinava com o visual do grupo. Mas a história verdadeira é outra: eu fui o único da banda a passar no teste da farinha, o que implodiu minhas possibilidades de sucesso no mundo artístico.

* Como tantos outros fracassados, acabei fazendo jornalismo. Concorri à eleição de "jornalista do século 20" da revista "Imprensa", mas aqueles calhordas retiraram meu nome da lista antes da votação final. Nenhum problema. Outro goiaba deve ter ganho. Aliás, se você ainda não notou, o jornalismo brasileiro é o reino da bananada de goiaba.

Acho que foi Balzac quem disse que, se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la. Tarde demais...