31.3.02

PÁSCOA COM PASCAL

Pronto: o problema belchioriano foi resolvido. Descobri que basta ouvir o Ednardo cantando "Pavão Mysteriozo" para interromper a metamorfose. Certamente, aqueles bolinhos de bacalhau eram falsificados -made in Sobral, talvez.

Aproveito para desejar uma boa Páscoa aos três ou quatro leitores deste bloguinho -a propósito, espero que todos vocês já tenham ressuscitado, como diria o Zeit- e em especial à Leonora, generosa como sempre: não posso ser mais que o Baudelaire de Pirituba.

E, já que estamos em pleno período pascal, deixo aqui um excerto de "Pensées", do Blaise Pascal (1623-1662). Não tem nada a ver com a Páscoa, stricto sensu. É que eu não posso perder uma boa chance de fazer mais um trocadilho medonho.

"Quem quiser conhecer em pleno a vaidade do homem basta que considere as causas e os efeitos do amor. A causa é um não sei quê (Corneille), e os efeitos são pavorosos. Este não sei quê, tão pouca coisa que não a podemos conhecer, agita toda a Terra, os príncipes, os exércitos, o mundo inteiro. O nariz de Cleópatra: fosse ele mais curto, e toda a face da Terra teria mudado."