6.10.02

PAU NA BUNDA DO BUKOWSKI

E, já que estamos tratando de assuntos bundais, aproveito para dizer que subscrevo este post do Mundo Perfeito sobre Charles Bukowski e seus leitores. Diz tudo o que precisa ser dito do sujeito: velho onanista babão, sub-Henry Miller, pseudocanalha e pretensamente libertário. (Só discordo de chamá-lo "Jece Valadão da literatura dos EUA"; sacanagem com o Jece, bem mais cool e ídolo deste blog.) Afirma que citá-lo ou conhecê-lo não faz ninguém melhor, culto ou, ahn, mais "marginal" (palavrinha tão desgastada quanto ridiculamente falsa).

Eu acrescentaria algumas -pouquíssimas- observações. Conhecer o que Bukowski escreveu não é grande problema; muitos de nós conhecemos, com maior ou menor grau de intimidade, Fernando Collor, Pol Pot e gonorréia. É desagradável, mas, enfim, shit happens. Gostar dele é um caso mais complicado; citá-lo, para mim, já torna necessário um tratamento literopsiquiátrico. Mas caso terminal mesmo é o dos pseudos que ainda querem escrever como o cara. É gente que tem o nauseante costume de chamar Bukowski/Chinaski de "Hank", tal sua intimidade com a merda -hábito só superável em teor vomitivo por aqueles que gostam de tratar Rubem Fonseca como "Zé Rubem". Fora toda a bad trip oitentista evocada pelos escritos dele. Sim, meninos, eu vi os anos 80 e tenho certeza de que eles não precisavam ser exumados.

"Escritores" que se encaixem na última categoria serão tratados por este blog com o carinho e a deferência habitualmente concedidos a cães sarnentos. E eles ainda devem se dar por felizes, já que Philadelpho Philomeno, meu velhinho serial killer, está bem preso em sua coleira. Philadelpho também odeia Bukowski e John Fante e está louco para pôr sua bengala empaladora a serviço da literatura. Não me provoquem, que eu solto a fera.