QUER SER O AGUINALDO SILVA?
Se você respondeu "sim" à pergunta do título, não lhe gabo o gosto, mas informo que isso já é possível. Daniela Abade, a editora do Mundo Perfeito, é gente que faz e conseguiu pôr no ar uma antiga idéia deste blog: o gerador de textos do Jorjamado. Agora, você vai poder escrever seu próprio romance desse festejado escritor baiano, o maior reprodutor (ooops) da fórmula realismo socialista + candomblé + sacanagem. De quebra, se você tiver fôlego para roteirizá-lo e espichá-lo por uns 250 capítulos, também poderá garantir sua vaga no seletíssimo time de novelistas da "Grobo". E viva a macumba-pra-turista!
Adendo: já ia me esquecendo. Confiram vocês mesmos que beleza ficou o meu texto do Jorjamado.
De Quando Iemanjá Novamente Escutou Lindaura
"A lavoura de cacau pedia trégua. A fazenda Olho d'Água já não agüentava mais tanta devastação e pedia clemência da vassoura de bruxa. Da mesma forma que a cidade inteira pedia alguma solução. Enquanto coronel Salustiano especulava na capital alguma forma lucrativa de negociar a venda da sua propriedade, Lindaura apelava para que Iemanjá mandasse embora aquela maldição. Com os homens sem dinheiro, ela e suas cabritas não tinham futuro. O atrevimento estava sendo substituido pelo desânimo. As carolas seriam as únicas felizes, porque só elas dão valor para a tristeza.
Até o paciente Fuad foi visto chutando um penico e gritando para a poeira que se levantava na frente da venda:
_Quem foi a quenga que roubou minha garrafa de licor de jenipapo?
O cabra tinha enlouquecido. Não havia mais o cheiro de bobó de camarão saindo das janelas. A praga extinguiu também a possibilidade de possuir salsinha nas despensas. Não havia lugar nem mais para o tesão. Foi assim até o dia em que viram Lindaura fornicar. Era o sinal. Sempre que Iemanjá a ouvia, isso se repetia. Dito e feito. Em um mês a praga abandonava a cidade, a fazenda Olho d'Água e os pesadelos de Lindaura, que -depois de ser ouvida-, resolveu toda a noite, em total atrevimento, dançar e exibir sua vagabunda bunda na frente da igreja, sem ligar para a oculta ameaça de uma peixeira."
Se você respondeu "sim" à pergunta do título, não lhe gabo o gosto, mas informo que isso já é possível. Daniela Abade, a editora do Mundo Perfeito, é gente que faz e conseguiu pôr no ar uma antiga idéia deste blog: o gerador de textos do Jorjamado. Agora, você vai poder escrever seu próprio romance desse festejado escritor baiano, o maior reprodutor (ooops) da fórmula realismo socialista + candomblé + sacanagem. De quebra, se você tiver fôlego para roteirizá-lo e espichá-lo por uns 250 capítulos, também poderá garantir sua vaga no seletíssimo time de novelistas da "Grobo". E viva a macumba-pra-turista!
Adendo: já ia me esquecendo. Confiram vocês mesmos que beleza ficou o meu texto do Jorjamado.
De Quando Iemanjá Novamente Escutou Lindaura
"A lavoura de cacau pedia trégua. A fazenda Olho d'Água já não agüentava mais tanta devastação e pedia clemência da vassoura de bruxa. Da mesma forma que a cidade inteira pedia alguma solução. Enquanto coronel Salustiano especulava na capital alguma forma lucrativa de negociar a venda da sua propriedade, Lindaura apelava para que Iemanjá mandasse embora aquela maldição. Com os homens sem dinheiro, ela e suas cabritas não tinham futuro. O atrevimento estava sendo substituido pelo desânimo. As carolas seriam as únicas felizes, porque só elas dão valor para a tristeza.
Até o paciente Fuad foi visto chutando um penico e gritando para a poeira que se levantava na frente da venda:
_Quem foi a quenga que roubou minha garrafa de licor de jenipapo?
O cabra tinha enlouquecido. Não havia mais o cheiro de bobó de camarão saindo das janelas. A praga extinguiu também a possibilidade de possuir salsinha nas despensas. Não havia lugar nem mais para o tesão. Foi assim até o dia em que viram Lindaura fornicar. Era o sinal. Sempre que Iemanjá a ouvia, isso se repetia. Dito e feito. Em um mês a praga abandonava a cidade, a fazenda Olho d'Água e os pesadelos de Lindaura, que -depois de ser ouvida-, resolveu toda a noite, em total atrevimento, dançar e exibir sua vagabunda bunda na frente da igreja, sem ligar para a oculta ameaça de uma peixeira."
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