23.7.03

EM DEFESA DO "WELFARE STATE"

Quero deixar claro, de uma vez por todas, que esses ultraliberais que desfilam no Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Von Mises não vão no meu carro à missa (aliás, nem caberiam nele. O Dodjão é grande, mas nem tanto). Sou defensor do Estado de bem-estar social. Acho a burocracia sexy. E não me importo com o fato de os ogros-tecnocratas saquearem meus bolsos todo mês e registrarem em seus bancos de dados até a cor das cuecas que reciclo como panos de prato. Mas quero, em troca, satisfazer meu direito inalienável a seis orelhas de porco por feijoada, papel higiênico sabor baunilha a preços subsidiados e uma cota mínima anual de 3 (três) loiras peitudas. Afinal, para que serve um Estado incapaz de prover seus cidadãos desses itens de cesta básica? "Garota, eu vou pra Gotemburgo, viver a vida sobre os fiordes..."