Lalá, gênio da raça
Rafael Lima chama a atenção para o centenário de nascimento de Lamartine Babo (1904-1963), neste sábado, 10 de janeiro. Bem, entre minhas idiossincrasias -não poucas- está a de detestar Carnaval, mas adorar marchinhas; um dos meus grandes objetivos na vida, aliás, é fazer minha voz soar como se fosse a de Francisco Alves emitida por um gramofone, com riscos e chiados. Portanto, é claro que Lalá ocupa lugar de honra no meu panteão. Volta e meia, sem ser tricolor, me pego assobiando esse excelente verme-de-ouvido que é o hino composto por ele para o Fluminense. E uma de suas músicas, "História do Brasil", que já citei aqui, resume e supera a obra completa de Oswald de Andrade ("Quem foi que inventou o Brasil?/ Foi seu Cabral, foi seu Cabral/ No dia 21 de abril/ Dois meses depois do Carnaval/ Depois Ceci amou Peri/ Peri beijou Ceci/ Ao som do 'Guarani'/ Do 'Guarani' ao guaraná/ Surgiu a feijoada/ E mais tarde o parati"). Além disso, quem há de negar que esse "do 'Guarani' ao guaraná" vale mais que todo o concretismo?
Só há uma coisa que eu gostaria de ver esclarecida: sempre achei o Amigo da Onça, clássico personagem de Péricles Maranhão, parecidíssimo (apenas fisicamente, é bom frisar) com Lamartine. Mas nunca li nenhum texto em que os dois fossem relacionados. Alguém aí sabe se essa suspeita procede? Se souber, conte-me.
Só há uma coisa que eu gostaria de ver esclarecida: sempre achei o Amigo da Onça, clássico personagem de Péricles Maranhão, parecidíssimo (apenas fisicamente, é bom frisar) com Lamartine. Mas nunca li nenhum texto em que os dois fossem relacionados. Alguém aí sabe se essa suspeita procede? Se souber, conte-me.
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