27.6.02

GOIABA MOVIE GUIDE

Vou começar a exercitar meu lado Rubens Ewald Filho. E não é o lado de trás, seus pervertidos: escreverei dropes sobre cinema para telespectadores goiabais. Podemos iniciá-los com dicas práticas e infalíveis para fugir de filmes-bomba. Vamos lá:

1) Nenhum filme que tenha mais de um título original pode ser bom. Geralmente, são co-produções EUA-Hong Kong-Trinidad y Tobago, com altíssimas chances de ter servido para lavar dinheiro do narcotráfico. O melhor exemplo de que me lembro é um horrível filme de horror protagonizado pelo Alice Cooper, que está na minha lista dos dez piores de todos os tempos. É uma produção hispano-americana-porto-riquenha, conhecida por quatro títulos: "The Bite", "Monster Dog", "Leviatán" ou "Los Perros de la Muerte" (esse último é o meu preferido). Pretendo falar mais sobre essa obra-prima nos próximos posts.

2) Nenhum filme cujo título em português tenha uma "frasezinha didática" pode ser bom. Por exemplo, "Jerry Maguire - A Grande Virada", "O Indomável - Assim É Minha Vida", "Patch Adams - O Amor É Contagioso", "Karatê Kid 3 - A Hora da Verdade Continua", e assim por diante. Recuso-me a despender a grana do ingresso em filmes com títulos ridículos, trilha sonora do Peter Cetera e/ou Robin Williams barbudinho.

3) Nenhum filme com Kevin Bacon pode ser bom. Algum cinéfilo há de lembrar: "Ah, mas ele trabalhou em 'JFK', 'Apollo 13'". Então, esses filmes são uma bosta -e, se alguém os achou bons, só pode ser uma ilusão de ótica. "Kevin Bacon" e "filme bom" são, como água e azeite, mutuamente excludentes.