30.7.02

PÉSSIMAS COMPANHIAS

É muito curioso como vários dos blogs que visitei receberam com um misto de indignação e surpresa a eleição de Paul Rabbit para a Loucademia Brasileira de Letras. Caríssimos, vocês acham mesmo que a Academia existe para ser levada a sério? Se ainda há um Ariano Suassuna por lá, é por acidente ou descuido -e ele deve se sentir como um mico-leão-dourado numa vizinhança de motosserras desgovernadas. Talvez nem seja tão acidental assim: quem sabe eles o tenham escolhido como uma espécie de atração zoológica ("vejam nesta jaula, senhores, os únicos escritores da Academia! Não dêem comida ao Ariano. Cuidado, ele morde!").

Ora, direis, é uma sacanagem com o velho e bom Machadinho. E eu vos direi, no entanto: claro que é. Mas suponho que, onde quer que esteja, Machado pense exatamente como o seu Brás Cubas ("senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos mortos"). Ou seja, ele já ligou o "foda-se" faz tempo.

E digo mais: Paul Rabbit não sabe em que cafofo está se metendo. Meninos, eu vi textos não revisados do "poeta e defensor da liberdade" José Ribamar Sarney e lhes digo: vá escrever mal assim lá na casa do capeta. O "mago" é muito ruim, mas às vezes ele consegue acertar a concordância. O Bigode, nem isso.