PEQUENA ANTOLOGIA GOIABAL
Theodor W. Adorno (1903-1969)
"No jazz estão presentes mecanismos que pertencem na verdade à indústria cultural como um todo (...). Paralelamente à estandardização há uma pseudo-individualização. Quanto mais os ouvintes são mantidos na linha, menos devem percebê-lo. Procura-se fazê-los crer que se trata de uma 'arte para consumidores' feita sob medida para eles. (...) Enquanto promete incessantemente ao ouvinte algo de especial, instigando sua atenção com algo que deve escapar à monotonia, não deve jamais ultrapassar limites bem definidos. A música deve ser sempre nova e sempre a mesma. Por isso os desvios são tão estandardizados quanto os standards, sendo recolhidos no próprio momento em que são introduzidos: o jazz, como toda a indústria cultural, satisfaz os desejos apenas para, ao mesmo tempo, frustrá-los."
(Trecho de "Moda Intemporal", ensaio de 1953 recolhido na coletânea "Prismas". Quem lê esse texto nota que Teddy Adorno não entendeu patavina de coisas como a improvisação jazzística. Mas -para provocar meus caros blog'n'rollers- troque "jazz" por "roquenrol" e veja se o trecho acima não se encaixa como luva.)
Theodor W. Adorno (1903-1969)
"No jazz estão presentes mecanismos que pertencem na verdade à indústria cultural como um todo (...). Paralelamente à estandardização há uma pseudo-individualização. Quanto mais os ouvintes são mantidos na linha, menos devem percebê-lo. Procura-se fazê-los crer que se trata de uma 'arte para consumidores' feita sob medida para eles. (...) Enquanto promete incessantemente ao ouvinte algo de especial, instigando sua atenção com algo que deve escapar à monotonia, não deve jamais ultrapassar limites bem definidos. A música deve ser sempre nova e sempre a mesma. Por isso os desvios são tão estandardizados quanto os standards, sendo recolhidos no próprio momento em que são introduzidos: o jazz, como toda a indústria cultural, satisfaz os desejos apenas para, ao mesmo tempo, frustrá-los."
(Trecho de "Moda Intemporal", ensaio de 1953 recolhido na coletânea "Prismas". Quem lê esse texto nota que Teddy Adorno não entendeu patavina de coisas como a improvisação jazzística. Mas -para provocar meus caros blog'n'rollers- troque "jazz" por "roquenrol" e veja se o trecho acima não se encaixa como luva.)
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