O LIVRO DE ETIQUETA DE MONSIEUR GOIABÁ
Vocês conseguem conceber algo mais careta que um livro de boas maneiras? Não porque bons modos não sejam necessários, pelo contrário. Mas é que o conceito do que seja elegante está completamente fossilizado. Esqueçam Danuza Leão e Cláudia Matarazzo, essas senhoras do século passado: a partir de hoje, e sem periodicidade definida, Monsieur Goiabá explicará a vocês, seletos leitores, o que é elegância para o goiaba do século 21. Começo com um tema polêmico e que suscita muitas dúvidas.
* Séquiço
Eis o primeiro mandamento da elegância goiabal: sua vida sexual é a coisa mais interessante do mundo, mesmo que ela se resuma à mesa-redonda do Roberto Avallone. Quem ousa não se interessar por ela é broxa, frígida, boko-moko ou tudo isso junto. Mencione-a no maior número possível de ocasiões. Por exemplo: seu carro é multado pelo guarda de trânsito. Em vez de pedir que o homem da lei faça vista grossa à sua infração, diga simplesmente: "Ah, que multa chata. Mas não me importo, porque quando eu chegar em casa vou brincar de canguru perneta com a patroa. Ela é uma potranca fogosa, sabia?". Ocasiões descontraídas, como o churrasco da firma, são excelentes oportunidades para você exercitar sua inteligência e seu wit ("Heleninha, eu sabia que você era chegada numa lingüiça"). Blogs confessionais também ajudam.
Mais uma coisa, esta relativa à linguagem. O goiaba elegante sabe que "entre quatro paredes vale tudo", mas, em público, não diz que "faz sexo", "transa", "trepa", "funhanha" ou "furunfa". "Canguru perneta" e outras gírias citadas em peças do Miguel Falabella caem bem, mas melhor mesmo é usar, como Jane e Herondy, a expressão "fazer amor gostosinho". E toda hora é hora de deixar isso bem claro. Eis aqui outro exemplo: uma reunião de amigos. O anfitrião pergunta: "Já vai embora? Fique mais um pouquinho". Se você for casado e estiver com sua mulher, responda: "Ah, bem que eu gostaria, mas hoje não posso. Preciso ir pra casa, onde eu e minha espôusa vamos fazer muito amor gostosinho. Né, bem?".
Vocês conseguem conceber algo mais careta que um livro de boas maneiras? Não porque bons modos não sejam necessários, pelo contrário. Mas é que o conceito do que seja elegante está completamente fossilizado. Esqueçam Danuza Leão e Cláudia Matarazzo, essas senhoras do século passado: a partir de hoje, e sem periodicidade definida, Monsieur Goiabá explicará a vocês, seletos leitores, o que é elegância para o goiaba do século 21. Começo com um tema polêmico e que suscita muitas dúvidas.
* Séquiço
Eis o primeiro mandamento da elegância goiabal: sua vida sexual é a coisa mais interessante do mundo, mesmo que ela se resuma à mesa-redonda do Roberto Avallone. Quem ousa não se interessar por ela é broxa, frígida, boko-moko ou tudo isso junto. Mencione-a no maior número possível de ocasiões. Por exemplo: seu carro é multado pelo guarda de trânsito. Em vez de pedir que o homem da lei faça vista grossa à sua infração, diga simplesmente: "Ah, que multa chata. Mas não me importo, porque quando eu chegar em casa vou brincar de canguru perneta com a patroa. Ela é uma potranca fogosa, sabia?". Ocasiões descontraídas, como o churrasco da firma, são excelentes oportunidades para você exercitar sua inteligência e seu wit ("Heleninha, eu sabia que você era chegada numa lingüiça"). Blogs confessionais também ajudam.
Mais uma coisa, esta relativa à linguagem. O goiaba elegante sabe que "entre quatro paredes vale tudo", mas, em público, não diz que "faz sexo", "transa", "trepa", "funhanha" ou "furunfa". "Canguru perneta" e outras gírias citadas em peças do Miguel Falabella caem bem, mas melhor mesmo é usar, como Jane e Herondy, a expressão "fazer amor gostosinho". E toda hora é hora de deixar isso bem claro. Eis aqui outro exemplo: uma reunião de amigos. O anfitrião pergunta: "Já vai embora? Fique mais um pouquinho". Se você for casado e estiver com sua mulher, responda: "Ah, bem que eu gostaria, mas hoje não posso. Preciso ir pra casa, onde eu e minha espôusa vamos fazer muito amor gostosinho. Né, bem?".
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