Pequenas biografias de grandes brasileiros (2)
Oscar Niemeyer, ilusionista, é um escultor que passou a vida fingindo, com sucesso, ser arquiteto. Acredita que a casa perfeita é totalmente inabitável pelo ser humano, coisa desprezível que só serve para macular a beleza dos seus desenhos (vale o mesmo para Brasília, cidade de prédios projetados por ele e imune a tudo que cheire vagamente a humanidade). Odeia a natureza e acha que mato só existe para ser desbastado e coberto de concreto. Ama bigodes gigantes e rampas, parafilias pouco estudadas pela ciência. Quando não está fazendo rabisquinhos, seu passatempo é assinar abaixo-assinados que não lê: apenas confere se Saramago e Chico Buarque também assinaram. É careca e chato. É também elo perdido com o período jurássico, prova de que vaso ruim não quebra e muso da marchinha "a pipa do Niemeyer não sobe mais".
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