16.2.05

Por outro lado

Meu caro Dante, sempre antenado com as novas tendências, explica que hoje ninguém mais dá o rabo, senta no mastruço, engata a marcha a ré no quibe ou qualquer outra expressão elegante usada para aludir àquilo que na "Antologia Palatina" é chamado de "amor masculino": há, isso sim, pesquisadores de sexo anal. Imagino uma nova versão daquela piada em que a mãe do Juca Pato e seu filho (filha?) dialogam: "Senta aí, Juquinha, precisamos conversar." "Não posso, minha bunda está doendo." "Juca Pato, meu filho, você anda dando o cu?" "Não, mãe, ele continua aqui no meio das nádegas. E, de todo modo, não dá pra andar enquanto a gente faz isso, rarará." "Tô falando sério." "Bom, mãe, eu sou um pesquisador de sexo anal. Os dados têm que ser tabulados -diâmetro, comprimento, temperatura, fadiga do material, tudo bonitinho. Além disso, eu preciso dar bastante, até arregaçar, para reduzir a margem de erro e evitar o desvio estatístico. Tudo pelo progresso da ciência, né?" "Ah, bom."