CONTRA O POP 6
Há pouco tempo, foi lançada nos EUA a provável última gravação ao vivo do saxofonista John Coltrane ("The Olatunji Concert: The Last Live Recording"). É um show de abril de 1967, três meses antes da morte de Trane, em que ele é acompanhado por Alice Coltrane, sua mulher, no piano, Pharoah Sanders no sax tenor, Jimmy Garrison no baixo e Rashied Ali na bateria.
São só duas músicas, de mais ou menos meia hora cada uma ("Ogundé", baseada num tema brasileiro, e uma irreconhecível "My Favorite Things") e não muito bem gravadas. Mas o barulho que Coltrane e Sanders fazem é sobrenatural (sim, senhores, todos os instrumentos eram acústicos). É a trilha sonora perfeita para um massacre da serra elétrica -ou para afugentar os vizinhos num raio de cinco quilômetros da sua casa.
E tem roqueirinho bundão que acha que sabe fazer barulho. Se você é um deles, faça-se um favor: compre esse CD e enfie a guitarra no saco.
Há pouco tempo, foi lançada nos EUA a provável última gravação ao vivo do saxofonista John Coltrane ("The Olatunji Concert: The Last Live Recording"). É um show de abril de 1967, três meses antes da morte de Trane, em que ele é acompanhado por Alice Coltrane, sua mulher, no piano, Pharoah Sanders no sax tenor, Jimmy Garrison no baixo e Rashied Ali na bateria.
São só duas músicas, de mais ou menos meia hora cada uma ("Ogundé", baseada num tema brasileiro, e uma irreconhecível "My Favorite Things") e não muito bem gravadas. Mas o barulho que Coltrane e Sanders fazem é sobrenatural (sim, senhores, todos os instrumentos eram acústicos). É a trilha sonora perfeita para um massacre da serra elétrica -ou para afugentar os vizinhos num raio de cinco quilômetros da sua casa.
E tem roqueirinho bundão que acha que sabe fazer barulho. Se você é um deles, faça-se um favor: compre esse CD e enfie a guitarra no saco.
<< Home