31.7.02

GOIABA MOVIE GUIDE

Coisas que não deveriam ter sido filmadas

O Libertino (Brasil-sil-sil, 1973). Eis mais uma inestimável contribuição do anal, digo, canal Brasil para a nossa memória cinematográfica. Nesse filme, Costinha, ídolo deste blog, faz o papel do comendador Emanuel, presidente de uma espécie de liga de defesa da moral (sic) que descobre que a casa que havia cedido para um colégio de moças está abrigando um bordel.

Costinha interpreta não só o comendador, mas também sua "consciência" -o primeiro de terno e gravata, a segunda de bermuda e camisa florida. Logo no início, o comendador, que apreendera algumas "revistas proibidas", esconde-se no seu quarto para folheá-las. A consciência, com aquela cara hiperpornográfica do Costinha, aparece e lhe diz: "É, tu fica se fazendo de santinho, mas gosta mesmo é de uma boa sacanaaagem...". Outro highlight é quando o comendador vai inspecionar o "colégio" com um de seus empregados (o filme, aliás, traz intertítulos com uma profusão de aspas: "colégio", "meninas" e por aí vai) e vê, de relance, a bunda de uma das "meninas". "Não há nada de errado por aqui", diz o empregado -motorista, se não me engano. "Mas eu vi! Eu juro que vi!", afirma o Costinha. "Viu o quê, comendador?" "AQUELE RABO!"

Merece pôster, reproduzido logo abaixo, e uma cotação de no mínimo dez goiabas bichadas. Imperdível.