POR QUE NÃO SOU FÉCHOM
Estava eu folheando uns livros lá na Livraria Cultura do xópim Bicha-Loucos, aqui em São Paulo, e eis que o estilista megaféchom Fause Haten passa perto de mim. O que me chamou a atenção foram as roupas dele -mas, curiosamente, não por uma presumível extravagância. O cara vestia um jeans bem detonado e um agasalho cinza, daqueles com capuz e cordõezinhos, que devia ser o mesmo usado pelo Renato Russo naquele clipe de "Será" (apenas uns 20 anos mais velho). Pensei comigo: porra, essa era a roupa que eu usava pra ir à escola quando estava na quinta série. Usava, não; queria usar, mas era impedido de fazê-lo pelos cascudos de dona Genibalda Goiaba, a senhora minha mãe ("Tira já essa roupa imunda, moleque! Filho meu não vai pra escola molambento!"). Disso se conclui que eu já era féchom com 11 anos e que, graças aos maus bofes da minha mãe, o mundo perdeu um grande estilista. Sorte do mundo.
Estava eu folheando uns livros lá na Livraria Cultura do xópim Bicha-Loucos, aqui em São Paulo, e eis que o estilista megaféchom Fause Haten passa perto de mim. O que me chamou a atenção foram as roupas dele -mas, curiosamente, não por uma presumível extravagância. O cara vestia um jeans bem detonado e um agasalho cinza, daqueles com capuz e cordõezinhos, que devia ser o mesmo usado pelo Renato Russo naquele clipe de "Será" (apenas uns 20 anos mais velho). Pensei comigo: porra, essa era a roupa que eu usava pra ir à escola quando estava na quinta série. Usava, não; queria usar, mas era impedido de fazê-lo pelos cascudos de dona Genibalda Goiaba, a senhora minha mãe ("Tira já essa roupa imunda, moleque! Filho meu não vai pra escola molambento!"). Disso se conclui que eu já era féchom com 11 anos e que, graças aos maus bofes da minha mãe, o mundo perdeu um grande estilista. Sorte do mundo.
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