FLASH MOB É COISA DE COMUNISTA
Brasileiro não entende nada de flash mob mesmo. Muito menos os imperialistas ianques. Quem entendia eram os comunas de boa cepa. Bastava que alguém perguntasse a Lênin: "Que fazer?". Ele imediatamente assumia aquela pose de estátua -cavanhaque para cima, braço estendido na mesma direção do queixo- e apontava para o Palácio de Inverno: num instante, a bolchevicaiada toda se juntava para chutar a bunda de Nicolau II e dar uns amassos na princesa Anastácia. Ou para escrever poesia cubo-futurista. Ou, ainda, para discutir os planos qüinqüenais. Enfim, assim como acontece com as flash mobs de hoje, o objetivo era fazer alguma coisa bem idiota e incompreensível -e eles conseguiam isso brilhantemente, sem celular e sem e-mail, mas com a lata cheia de vodca. É por isso que eu visto meu casaco do Exército Vermelho, bato no bumbo e canto "tempo bom, não volta mais..." em russo.
Brasileiro não entende nada de flash mob mesmo. Muito menos os imperialistas ianques. Quem entendia eram os comunas de boa cepa. Bastava que alguém perguntasse a Lênin: "Que fazer?". Ele imediatamente assumia aquela pose de estátua -cavanhaque para cima, braço estendido na mesma direção do queixo- e apontava para o Palácio de Inverno: num instante, a bolchevicaiada toda se juntava para chutar a bunda de Nicolau II e dar uns amassos na princesa Anastácia. Ou para escrever poesia cubo-futurista. Ou, ainda, para discutir os planos qüinqüenais. Enfim, assim como acontece com as flash mobs de hoje, o objetivo era fazer alguma coisa bem idiota e incompreensível -e eles conseguiam isso brilhantemente, sem celular e sem e-mail, mas com a lata cheia de vodca. É por isso que eu visto meu casaco do Exército Vermelho, bato no bumbo e canto "tempo bom, não volta mais..." em russo.
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