31.10.03

DIG-DIG-DIG-DIG

É impressionante. Assim como todos os contos e romances do Rubem Fonseca têm por assunto o ato de peidar, rigorosamente todos os grupos de roque brasileiro dos anos 90 para cá só falam de maconha. Tudo se resume a "ficar sonhando depois de acordar", "liberdade pra dentro da cabeça", "ervas que amenizam a pressão" e "eu já falei que tá na mente"; mesmo quando você pensa que eles estão falando de séquiço, o assunto principal é sempre ganja -ou "gan-djah", como diria o Marcelo D2. E todos eles acham, é claro, que estão sendo revolucionários ("revolução", aqui, é sinônimo de "minha mãe não vai gostar"). Admito que a coisa toda dá barato só de ouvir. Mas bem que eles podiam mudar de droga de vez em quando -de preferência para uma que matasse de overdose bem rapidinho. O pessoal aqui é tão subdesenvolvido que nem sabe morrer como os verdadeiros rockstars. Ê, povinho bunda.