27.10.03

HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA BRASILEIRA

O wunderfellow Dante, num de seus últimos posts, desanca Chacrinha e louva Clodovil Hernandes. Não seja assim impiedoso com Pedro Abelardo Barbosa, meu caro. Chacrinha foi o único tropicalista digno de algum respeito -claro, há também Costinha, que provou ter tropicalismo para dar e vender na capa d'"O Peru da Festa", mas este era um não-alinhado. É chato que Abelardo não esteja vivo para introduzir a mandioca de Maria Bethânia no esfíncter de quem o transforma em teses de mestrado repletas de adjetivos como "chacriniano". Convém, ainda, não esquecer as suas marchinhas de Carnaval, essa puríssima expressão da nacionalidade ("o sapatão está na moda/ o mundo aplaudiu/ é um barato, é um sucesso/ dentro e fora do Brasil"). Clodovil também é imprescindível, mas a humanidade não está preparada para ele. O sol, a morte e a lente da verdade não podem ser olhados fixamente.