POR UMA SESSÃO DA TARDE FILOSÓFICA
Um dos meus primeiros posts propunha a fusão de "Crime e Castigo", do Dostoiévski, com um daqueles filmes clássicos exibidos 200 vezes pelo SBT, mas sempre inéditos -"Loverboy, o Garoto de Programa". Raskolnikoy, o michê existencialista (avant la lettre), tocava a campainha do apartamento da velha usurária e oferecia "pizza com muita anchova", o código para furunfação. A velha, ansiosa para ver a água do samovar ferver, abria a porta e, catapimba!, levava uma machadada na cachola. Divertido, não? E você nem precisa ler aquelas 500 páginas do russo prolixo.
Só depois me dei conta do quanto os clássicos da filosofia poderiam se beneficiar dessa estratégia de popularização. Pus Hans e Fritz, meus dois neurônios germânicos, para funcionar e me saí com as seguintes idéias: 1) "Filosofando Adoidado" ("Arthur Schopenhauer's Day Off"). O adolescente Arthurzinho falta às aulas e, para desespero dos seus amigos, que querem passar o dia na farra, tranca-os no quarto para discutir o mundo como vontade e representação. Nada poderá tirá-lo de lá: nem seus pais, nem o bedel, nem a ação da SWAT. 2) "A Abominável Indústria Cultural de Chocolate" ("Teddy Adorno & the Chocolate Factory"). Um garoto pobre cheio de excelsas qualidades e quatro burguesinhos odiosos (sim, pleonasmos, eu sei) vencem o concurso que dá como prêmio um passeio pelas entranhas da indústria cultural na companhia do amável velhinho Teddy Adorno. Adivinhe quem se dá mal nessa. 3) "Bem-Vindo ao Lar, Zaratustra" ("Welcome Home, Friedrich"). Teen admirador dos livros do bigodudo malucão luta contra o preconceito da família e dos colegas. Numa das cenas, o herói aparece para o jantar vestido de mulher e grita para o pai conservador: "É preciso um grande caos interior para parir uma estrela dançarina! Me segura, Jacira, que eu vou ter um troço!".
Um dos meus primeiros posts propunha a fusão de "Crime e Castigo", do Dostoiévski, com um daqueles filmes clássicos exibidos 200 vezes pelo SBT, mas sempre inéditos -"Loverboy, o Garoto de Programa". Raskolnikoy, o michê existencialista (avant la lettre), tocava a campainha do apartamento da velha usurária e oferecia "pizza com muita anchova", o código para furunfação. A velha, ansiosa para ver a água do samovar ferver, abria a porta e, catapimba!, levava uma machadada na cachola. Divertido, não? E você nem precisa ler aquelas 500 páginas do russo prolixo.
Só depois me dei conta do quanto os clássicos da filosofia poderiam se beneficiar dessa estratégia de popularização. Pus Hans e Fritz, meus dois neurônios germânicos, para funcionar e me saí com as seguintes idéias: 1) "Filosofando Adoidado" ("Arthur Schopenhauer's Day Off"). O adolescente Arthurzinho falta às aulas e, para desespero dos seus amigos, que querem passar o dia na farra, tranca-os no quarto para discutir o mundo como vontade e representação. Nada poderá tirá-lo de lá: nem seus pais, nem o bedel, nem a ação da SWAT. 2) "A Abominável Indústria Cultural de Chocolate" ("Teddy Adorno & the Chocolate Factory"). Um garoto pobre cheio de excelsas qualidades e quatro burguesinhos odiosos (sim, pleonasmos, eu sei) vencem o concurso que dá como prêmio um passeio pelas entranhas da indústria cultural na companhia do amável velhinho Teddy Adorno. Adivinhe quem se dá mal nessa. 3) "Bem-Vindo ao Lar, Zaratustra" ("Welcome Home, Friedrich"). Teen admirador dos livros do bigodudo malucão luta contra o preconceito da família e dos colegas. Numa das cenas, o herói aparece para o jantar vestido de mulher e grita para o pai conservador: "É preciso um grande caos interior para parir uma estrela dançarina! Me segura, Jacira, que eu vou ter um troço!".
<< Home