Quem ganha é a carta
A vida, para o meu caríssimo FDR, é comparável àquelas situações em que você só tem um cigarro e o acende do lado errado. Eu já penso que ela é igualzinha àquele quadro do programa Silvio Santos em que as crianças eram levadas para dentro de um foguete, com tampões de ouvido, e tinham de responder "sim" ou "não" -sempre gritando, "SIIIM!", "NÃÃÃO!"- às perguntas do apresentador (sem ouvi-las), a cada vez em que a luz vermelha se acendesse. Tenho certeza de que troquei um harém ou um palácio de Versalhes por uma caneta Bic sem carga. Mas não posso me queixar -ela é ótima para coçar as costas. É preciso imaginar Sísifo coçando as costas e feliz. (Pensando bem, não dá pé. Se Sísifo parar para se coçar, a pedra rola por cima dele e o esmaga. Oh, vida.)
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