5.7.05

Método Guava de fazer inimigos e alienar pessoas

Na dúvida, opte sempre pela atitude mais irritante. Exemplo grátis: morando no Bananão, não desperdiçar uma única oportunidade de falar mal de sambistas. Fazer alusões mais ou menos sutis a coisas como falta de dentes, verminose, alto teor alcoólico, aquela cadela pelada do poema da Isabel Bispo etc. E, sobretudo, não se esquecer de esconder os CDs de Monsueto Menezes, Adoniran Barbosa, Geraldo Pereira e Wilson Batista atrás dos César Francks. Porém, se convidado para um encontro de wunderbloggers, aquela gente fresca que sabe direitinho a diferença entre Merlot, Chardonnay e Chapinha, virar o disco: ir de chapéu de cangaceiro, sandália de couro cru e sanfona (triângulo e zabumba, claro, também servem) e resumir as suas intervenções -muitas- nas conversas alheias, todas naquele inglês eduardiano, a cantar "eu já dancei balancê, chamego, samba e xerém". Não falha.