FILMES QUE NÃO DEVEM EXISTIR
Velosos e Furiosos* (EUA-Recôncavo Baiano, 2003). Direção de K.H. Diegues. Com Baiano Meloso, Maria Bethânia, dona Canô, João Gilberto, Antônio Carlos Magalhães, Dorival Caymmi, Haroldo, Augusto e Décio Pignatari de Campos, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Zé Celso Martinez Corrêa e o fantasma de Hélio Oiticica. 360 min. Filme de ação feito com o dinheiro do contribuinte, mas cheio de contrapartidas sociais, em que um exército de clones motorizados dos Velosos brothers tenta transformar o Brasil numa Santo Amaro da Purificação gigante. Há alguns momentos de extrema violência, como os sucessivos pitis do protagonista, a interpretação de um pot-pourri de canções do Gonzaguinha por 10 mil clones de Bethânia e um discurso de Antônio Carlos Magalhães. O roteiro contrabalança, magistralmente, cenas de ação ininterrupta com outras mais reflexivas, como a aparição do fantasma de Oiticica (interpretando o pai de Zé Celso, que faz o papel de Ham-let) e uma discussão entre Gil, Antunes, Brown e os irmãos Campos sobre os quanta, o batuque do balaco e a obra de Ezra Pound. Destaque para as pontas de Dorival Caymmi (numa rede, onde mais?) e de João Gilberto, que não aparece no filme, mas está presente como influência.
Cotação de Ruy Ewald Filho: dez goiabas bichadas.
* Créditos para a Gi, pela idéia, e para o Gravataí Merengue, pelo cartaz do filme.
Velosos e Furiosos* (EUA-Recôncavo Baiano, 2003). Direção de K.H. Diegues. Com Baiano Meloso, Maria Bethânia, dona Canô, João Gilberto, Antônio Carlos Magalhães, Dorival Caymmi, Haroldo, Augusto e Décio Pignatari de Campos, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Zé Celso Martinez Corrêa e o fantasma de Hélio Oiticica. 360 min. Filme de ação feito com o dinheiro do contribuinte, mas cheio de contrapartidas sociais, em que um exército de clones motorizados dos Velosos brothers tenta transformar o Brasil numa Santo Amaro da Purificação gigante. Há alguns momentos de extrema violência, como os sucessivos pitis do protagonista, a interpretação de um pot-pourri de canções do Gonzaguinha por 10 mil clones de Bethânia e um discurso de Antônio Carlos Magalhães. O roteiro contrabalança, magistralmente, cenas de ação ininterrupta com outras mais reflexivas, como a aparição do fantasma de Oiticica (interpretando o pai de Zé Celso, que faz o papel de Ham-let) e uma discussão entre Gil, Antunes, Brown e os irmãos Campos sobre os quanta, o batuque do balaco e a obra de Ezra Pound. Destaque para as pontas de Dorival Caymmi (numa rede, onde mais?) e de João Gilberto, que não aparece no filme, mas está presente como influência.
Cotação de Ruy Ewald Filho: dez goiabas bichadas.
* Créditos para a Gi, pela idéia, e para o Gravataí Merengue, pelo cartaz do filme.
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