TEM TARADO PRA TUDO NESTE MUNDO
Atendendo mais uma vez a recomendações médicas, estive fora de São Paulo e não li jornais nos últimos três dias. De volta à terra da chuva ácida, vejo no blog da Cam Seslaf que o "Painel do Leitor" da Falha de ontem publicou uma carta de um sujeito sobre o Ralouim. O cara, seguramente uma vítima de possessão aldorebeloníaca, escreveu a sério aquilo que eu escrevi de brincadeira por aqui: combatamos a dominação cultural, que se danem os mitos imperialistas, viva o saci, a iara, o curupira etc. (Parêntese para a segurança dos meus leitores: nunca, mas nunca mesmo, fiquem na mesma sala com alguém que escreve cartas para as seções de leitores dos jornais sem ter um spray de pimenta à mão. É sério.)
O que mais me chamou a atenção, contudo, foi o nome da associação a que o missivista pertence: Sociedade dos Observadores de Saci. Este mundo está perdido. Vejam bem: não é uma Sociedade Protetora dos Sacis, nem uma Sociedade dos Criadores de Saci, nem mesmo uma Associação dos Amigos e Moradores do Saci. São observadores -em bom português, voyeurs. Aquela piada da "sacia" que fica de três para o saci não é, portanto, piada, mas verdade: os integrantes da associação já viram isso e muito mais. Seu hobby é espancar macacos enquanto assistem a fenomenais surubas sacízicas em matinhos privês.
Não nego, porém, que esses pervertidos abrem um maravilhoso filão para o cinema pornô nacional, também vítima dos ataques do imperialismo (fora, Buttman; queremos o Homem-Rabo). Sexo, broa de milho e folclore: o negócio é misturar Câmara Cascudo com a rua Aurora. Prevejo, desde já, a ascensão do saci Jão Simão, o John C. Holmes culturalmente correto. Eis um possível diálogo de um dos seus filmes: "Jão Simão, você tem as duas pernas! Não é um saci de verdade." "Meu bem, isto não é uma perna." "Uaaaaau..."
Atendendo mais uma vez a recomendações médicas, estive fora de São Paulo e não li jornais nos últimos três dias. De volta à terra da chuva ácida, vejo no blog da Cam Seslaf que o "Painel do Leitor" da Falha de ontem publicou uma carta de um sujeito sobre o Ralouim. O cara, seguramente uma vítima de possessão aldorebeloníaca, escreveu a sério aquilo que eu escrevi de brincadeira por aqui: combatamos a dominação cultural, que se danem os mitos imperialistas, viva o saci, a iara, o curupira etc. (Parêntese para a segurança dos meus leitores: nunca, mas nunca mesmo, fiquem na mesma sala com alguém que escreve cartas para as seções de leitores dos jornais sem ter um spray de pimenta à mão. É sério.)
O que mais me chamou a atenção, contudo, foi o nome da associação a que o missivista pertence: Sociedade dos Observadores de Saci. Este mundo está perdido. Vejam bem: não é uma Sociedade Protetora dos Sacis, nem uma Sociedade dos Criadores de Saci, nem mesmo uma Associação dos Amigos e Moradores do Saci. São observadores -em bom português, voyeurs. Aquela piada da "sacia" que fica de três para o saci não é, portanto, piada, mas verdade: os integrantes da associação já viram isso e muito mais. Seu hobby é espancar macacos enquanto assistem a fenomenais surubas sacízicas em matinhos privês.
Não nego, porém, que esses pervertidos abrem um maravilhoso filão para o cinema pornô nacional, também vítima dos ataques do imperialismo (fora, Buttman; queremos o Homem-Rabo). Sexo, broa de milho e folclore: o negócio é misturar Câmara Cascudo com a rua Aurora. Prevejo, desde já, a ascensão do saci Jão Simão, o John C. Holmes culturalmente correto. Eis um possível diálogo de um dos seus filmes: "Jão Simão, você tem as duas pernas! Não é um saci de verdade." "Meu bem, isto não é uma perna." "Uaaaaau..."
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