14.7.05

A filosofia me auxilia a viver indiferente assim

Decidi me dedicar com mais afinco à altíssima ocupação de filosofar, tanto mais nobre quanto menos rentável: ganhar dinheiro com ela, já diziam Sócrates, Zenon e Biro-Biro, é coisa de Protágoras e gente de igual jaez, desprezíveis tataravôs de todos os teóricos da neurolingüiça (copyright de Uncle Filthy). Retomei um projeto antigo, o "Discurso do Mé Todo", em que busco atualizar o cartesianismo à luz da obra de Mussum ("o bom sensis é a coisa mais bem distribuída do mundis"): considerando a conjuntura político-etílica do Bananão, nada mais oportuno. E talvez escreva uma continuação da grande obra de Boécio, "A Consolação da Filosofia". Ainda não decidi se o título vai ser "A Doutor Arnaldo da Filosofia" ou "A Rebouças da Filosofia", mas estou propenso a optar pelo segundo, já que os congestionamentos na Rebouças costumam ser maiores e melhores. Filosofar com o carro parado é mais fácil, sobretudo para quem não tem câmbio hidramático.