12.11.03

Ô, DA POLTRONA!

Tudo o que eu sempre quis que o puragoiaba fosse está resumido num antigo quadro dos Trapalhões, da época em que gigantescos répteis andavam sobre a Terra e Renato Aragão era um sujeito engraçado (quem o vê hoje não acredita nisso. Até Dedé Santana falando de sua conversão é mais divertido). Esse quadro foi citado, há tempos, pelo recém-ressuscitado Zeitgeist. Didi (Aragão) e Zacarias (Mauro Gonçalves), vestidos como pai e filha, cantavam uma música inspirada em pastoris do Nordeste, que sempre começava com "Papai, eu quero me casar". Havia várias versões, mas a melhor de todas -que eu só entendi alguns anos depois- era esta: "Papai, eu quero me casar." "Ô, minha filha, ocê diga com quem." "Eu quero me casar co' Marlon Brando." "Co' Marlon Brando ocê num casa bem." "Por quê, papai?" "O Marlon Brando manteigou a Maria Schnaida e adespois vai manteigá ocê também."

Misturar Pastoril do Faceta com "O Último Tango em Paris" seria minha realização como blogueiro. Mas cheguei tarde. Só me resta, como diz o Dante, rezar para Walter Mercado e fazer a cobra subir.