15.4.05

O pirocão do Emanoel

Emanoel Araújo, secretário de Cultura da cidade de São Paulo até o fim de semana passado, encheu-se do prefeito Zé Careca e pediu demissão numa carta à Trolha. (Que boa idéia: farei o mesmo quando pedir as contas ao senhor Burns. Vamos todos mandar nossas cartinhas de demissão à Trolha, pessoal?) Queixou-se de uma série de coisas, entre as quais a ereção (epa, opa) de uma torre de 125 metros ao lado do Masp (ou acima, não entendi bem), descrita na carta como "pirocão". E se assinou como "escultor, curador etc. e filho de Ogum". Pergunto: a) Filhos costumam ter orgulho dos pais, é um bonito sentimento. Mas ser filho de Ogum Araújo é coisa de citar em currículo? De pôr no cartão de visita? b) Por que vocês, três ou quatro leitores, ainda perdem tempo vindo aqui se o índice de goiabice do mundo dito real é muito maior?

(A coluna de Mônica Bergamo conta que, no projeto inicial, o "pirocão" era cilíndrico, vermelho e -noooffa!- com uma ponta transparente. Após o piti do Emanoel, querem fazê-lo retangular e metálico. Que bobagem. Bastava cobri-lo com uma megacamisinha no Dia Mundial de Combate à Aids: teríamos um museu com benga, mas que faz séquiço seguro, um belo exemplo para o mundo.)