COM CARA DE CINEMA NACIONAL
Vou confessar aqui uma coisa que eu não deveria dizer nem ao médium depois de morto, para citar mais uma vez o tarado de pijama: eu não gostei dos documentários sobre Nelson Freire e Paulinho da Viola. E sabem por quê? Porque eles poderiam ter sido feitos em qualquer outro lugar -não têm cara de cinema brasileiro. Se eu fosse João Moreira Salles ou Izabel Jaguaribe, incluiria pelo menos duas cenas nos seus respectivos filmes: 1) Paulo César Pereio, de camisa aberta quase até o umbigo e copo de uísque na mão, observando Freire tocar e gritando: "Porra, cara, tu toca bem pra caralho! Não é porque tu é meu amigo, mas puta que pariu, que coisa linda!". Na falta de Pereio, Joel Barcellos também serve. 2) Aldine Müller de quatro, na frente de Paulinho -que dedilha, calmamente, seu violão-, passando a língua pelos lábios e dizendo "me chama de puta". Tradições tão nobres merecem ser mantidas.
Vou confessar aqui uma coisa que eu não deveria dizer nem ao médium depois de morto, para citar mais uma vez o tarado de pijama: eu não gostei dos documentários sobre Nelson Freire e Paulinho da Viola. E sabem por quê? Porque eles poderiam ter sido feitos em qualquer outro lugar -não têm cara de cinema brasileiro. Se eu fosse João Moreira Salles ou Izabel Jaguaribe, incluiria pelo menos duas cenas nos seus respectivos filmes: 1) Paulo César Pereio, de camisa aberta quase até o umbigo e copo de uísque na mão, observando Freire tocar e gritando: "Porra, cara, tu toca bem pra caralho! Não é porque tu é meu amigo, mas puta que pariu, que coisa linda!". Na falta de Pereio, Joel Barcellos também serve. 2) Aldine Müller de quatro, na frente de Paulinho -que dedilha, calmamente, seu violão-, passando a língua pelos lábios e dizendo "me chama de puta". Tradições tão nobres merecem ser mantidas.
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