30.1.04

Pequena antologia goiabal

Wallace Stevens (1879-1955)

Poetry is the supreme fiction, madame.
Take the moral law and make a nave of it
And from the nave build haunted heaven. Thus,
The conscience is converted into palms,
Like windy citherns hankering for hymns.
We agree in principle. That's clear. But take
The opposing law and make a peristyle,
And from the peristyle project a masque
Beyond the planets. Thus, our bawdiness,
Unpurged by epitaph, indulged at last,
Is equally converted into palms,
Squiggling like saxophones. And palm for palm,
Madame, we are where we began. Allow,
Therefore, that in the planetary scene
Your disaffected flagellants, well-stuffed,
Smacking their muzzy bellies in parade,
Proud of such novelties of the sublime,
Such tink and tank and tunk-a-tunk-tunk,
May, merely may, madame, whip from themselves
A jovial hullabaloo among the spheres.
This will make widows wince. But fictive things
Wink as they will. Wink most when widows wince.


("The High-Toned Old Christian Woman", 1923.)

28.1.04

Ruy Goiaba abre sua casa à "Caras"

Sempre procurei preservar ao máximo minha privacidade, mas hoje resolvi atender às fãs ensandecidas que não descansariam enquanto não descobrissem a identidade secreta de Ruy Goiaba (algumas, mais dadivosas, chegaram a mandar suas calcinhas por e-mail. Vamos com calma, meninas). Eis aqui, portanto, uma foto minha num momento de descontração em minha casa de Long Beach. Aos meus pés, em êxtase, está Sharon Shirley, uma das suculentas goiabetes com quem habito. Dizem que nessa fotografia eu estou meio parecido com o Bryan Ferry, mas isso depende do ângulo; é mais comum as pessoas me confundirem com o James Brown, com o papa ou com o Carlos Alberto de Nóbrega. De todo modo, gosto da semelhança com o goiabal cantor de "slave to love, na-na-na-na". Afinal, como diria ele mesmo nos tempos do Roxy Music, este blog é "a danceable solution to teenage revolution".

23.1.04

Old Plato does the hanky panky

Vejo-me, cada vez mais, obrigado a rever meus conceitos sobre o roquenrol. Confesso que chego a ter vergonha do tempo em que eu achava que o gênero fosse música pobre feita para gente burra. De uns tempos para cá, descobri o que chamaria de "fundamentos metafísicos do roque" -e todo um novo continente se descortinou para mim. Percebi, por exemplo, como a letra de "Hanky Panky", de Jeff Barry e Ellie Greenwich -sucesso de Tommy James and the Shondells nos anos 60-, foi rigorosamente construída de acordo com a metafísica dos números de Pitágoras, tal qual ela é exposta pelo grande filósofo Mário Ferreira dos Santos em seu "A Sabedoria das Leis Eternas" (há uma brevíssima biografia desse autor aqui). Reproduzo abaixo a letra para que vocês sigam meu raciocínio.

My baby does the hanky panky
My baby does the hanky panky
My baby does the hanky panky
My baby does the hanky panky
My baby does the hanky panky

I saw you walkin' on down the line
You know I saw you for the very first time
A pretty little thing standin' all alone
Hey, pretty baby, can I take you home?
I never saw ya, never ever saw ya


Parece simples, não? Três acordes, talvez dois, e uma letra aparentemente estúpida. Nada disso -vocês é que não são capazes de ver a alta metafísica que há nela. Temos que 1, o número da unidade do ser, está expresso em "my baby does the hanky". Como não é possível unidade sem oposição, não faz sentido que o "hanky" exista sem o "panky" -e aqui já temos o 2. 3 é o número das relações intrínsecas entre os opostos; 4, o da reciprocidade; 5, o da forma, ou da lei que rege essa reciprocidade. E chegamos ao quinto verso, que reitera a beleza filosófica dessa assertiva: "my baby does the hanky panky" não apenas uma, mas cinco vezes. (Uau.)

A canção tem mais cinco versos -e quem a conhece sabe que seu compasso permitiria incluir pelo menos mais um verso no final de cada estrofe. Então, por que os autores escolheram deixá-la exatamente com dez versos? Precisamente porque há dez leis pitagóricas, e a décima é a da unidade transcendente. Notem como o décimo verso -"I never saw ya, never ever saw ya"- expressa isso: o nunca visto, o que está além, a própria metafísica. O que temos aí, senhores, é um tratado filosófico em apenas três acordes.

Enfim, roquenrol não precisa mais ser um "guilty pleasure". Se você é um intelequitual, faça como Olivia Newton-John. Let's get metaphysical -let me into your Plato talk, Plato talk....

16.1.04

Ninguém segura a jumentude do Brasil

Coitados dos jumentos. Consta que, no Nordeste, mais baratos que uma galinha, eles têm sido abandonados pelos donos; alguns prefeitos despejam caminhões de jegues nas cidades vizinhas. Não bastasse marchar na contramão da história -na brilhante expressão do secretário da Agricultura de Currais Novos-, os jumentos ainda têm de enfrentar a concorrência desleal dos políticos, da imprensa e dos donos de blogues. Fora o supremo desgosto de figurar como uma das três principais vertentes da literatura brasileira contemporânea (as outras duas, como sabemos, tratam de traficantes e flatulência, não necessariamente nessa ordem). Em verdade vos digo: só uma revolta de jegues transgênicos salvará este país. O jumento é bom, o homem é ruim.

15.1.04

Inclusão digital é isso aí

Eu não tinha interesse em falar dessa história do fichamento dos turistas americanos nos aeroportos brasileiros, já abordada por uns 1.275 blogs. Mas agora, depois da detenção do piloto da American Airlines, admito que a coisa está começando a ficar divertida. Minhas previsões para os próximos capítulos: 1) Hordas de gringos desembarcarão por aqui com camisetas "Free Dale Hersh", contendo a foto do comandante "giving the finger" para as otoridades. 2) Em represália, o governo brasileiro tornará obrigatório o exame de próstata no ato do desembarque em território nacional. A eventual queda no número de turistas será compensada, é claro, pelo aumento exponencial no total de visitantes provenientes de San Francisco. E, se isso acontecer, comprarei luvas cirúrgicas e me candidatarei ao posto de paraproctologista. Será uma honra incluir no meu currículo algo como "vasta experiência em enfiar o dedo no cu de imperialistas".

14.1.04

Quem ganha é a carta

A vida, para o meu caríssimo FDR, é comparável àquelas situações em que você só tem um cigarro e o acende do lado errado. Eu já penso que ela é igualzinha àquele quadro do programa Silvio Santos em que as crianças eram levadas para dentro de um foguete, com tampões de ouvido, e tinham de responder "sim" ou "não" -sempre gritando, "SIIIM!", "NÃÃÃO!"- às perguntas do apresentador (sem ouvi-las), a cada vez em que a luz vermelha se acendesse. Tenho certeza de que troquei um harém ou um palácio de Versalhes por uma caneta Bic sem carga. Mas não posso me queixar -ela é ótima para coçar as costas. É preciso imaginar Sísifo coçando as costas e feliz. (Pensando bem, não dá pé. Se Sísifo parar para se coçar, a pedra rola por cima dele e o esmaga. Oh, vida.)

13.1.04

Being Pedrinho Mattar

Em abril de 2002, escrevi aqui um post no qual dizia que meu projeto de vida, depois que eu largasse o puragoiaba, era me tornar pianista da noite -e quem sabe eu até conseguisse, a exemplo de Pedrinho Mattar, um programa na Rede Vida. Tratava-se de uma evidente brincadeira. Sou um sujeito que, diante de qualquer teclado, é incompetente a ponto de não saber tocar nem o "Bife", coisa que até Marilyn Monroe conseguia fazer.

Vocês imaginem qual não foi minha surpresa ao descobrir que quatro leitores, certamente trazidos ao meu blog pelo Gúgol, deixaram aqui comentários como se eu fosse Pedrinho Mattar: elogiando "meu" programa, pedindo que eu tocasse esta ou aquela música. Amigos, vocês não sabem como eu adoraria executar o tema de "Love Story" e também atender aos pedidos de vocês. Mas deixemos claro: não sou o Pedrinho -que pode ser contatado pelo e-mail do programa dele, "Pianíssimo"; procurem no site da Rede Vida-, não o conheço pessoalmente, não tenho com ele relações de parentesco ou quaisquer outras. Não toco piano e não tenho nenhuma casaca bonita de lamê no meu armário. Minha única suposta vantagem sobre o pianista é o fato de eu ainda ter cabelos, mas mesmo isso não deve durar muito tempo. E, se algum clone da Marilyn quiser me ensinar a tocar o "Bife", prometo pagar bem.

12.1.04

Salto no saco com joelhada

Ler boa literatura é assistir a uma apresentação da Darcey Bussell. Ler os jornais diários é testemunhar um salto no vácuo de Sawamu -e nossas gônadas são o alvo daquele que se julgava o demolidor.

Como diria o rumbeiro das calças três números menores: huuuu!

Pequena antologia goiabal

Gilbert Keith Chesterton (1874-1936)

"'Science is a grand thing when you can get it; in its real sense one of the grandest words in the world. But what do these men mean, nine times out of ten, when they use it nowadays? When they say detection is a science? When they say criminology is a science? They mean getting outside a man and studying him as if he were a gigantic insect; in what they would call a dry impartial light, in what I should call a dead and dehumanised light. They mean getting a long way off him, as if he were a distant prehistoric monster; staring at the shape of his 'criminal skull' as if it were a sort of eerie growth, like the horn on a rhinoceros's nose. When the scientist talks about a type, he never means himself, but always his neighbour; probably his poorer neighbour. I don't deny the dry light may sometimes do good; though in one sense it's the very reverse of science. So far from being knowledge, it's actually suppression of what we know. It's treating a friend as a stranger, and pretending that something familiar is really remote and mysterious. It's like saying that a man has a proboscis between the eyes, or that he falls down in a fit of insensibility once every twenty-four hours. Well, what you call 'the secret' is exactly the opposite. I don't try to get outside the man. I try to get inside the murderer.... Indeed, it's much more than that, don't you see? I am inside a man. I am always inside a man, moving his arms and legs; but I wait till I know I am inside a murderer, thinking his thought, wrestling with his passions; till I have bent myself into the posture of his hunched and peering hatred; till I see the world with his bloodshot and squinting eyes, looking between the blinkers of his half-witted concentration; looking up the short and sharp perspective of a straight road to a pool of blood. Till I am really a murderer.'
'Oh,' said Mr. Chace, regarding him with a long, grim face, and added: 'And that is what you call a religious exercise.'
'Yes,' said Father Brown, 'that is what I call a religious exercise (...). No man's really any good till he knows how bad he is, or might be; till he's realized exactly how much right he has to all this snobbery, and sneering, and talking about 'criminals' as if they were apes in a forest ten thousand miles away; till he's got rid of all the dirty self-deception of talking about low types and deficient skulls; till he's squeezed out of his soul the last drop of the oil of the Pharisees; till his only hope is somehow or other to have captured one criminal, and kept him safe and sane under his own hat.'"

(De "The Secret of Father Brown", 1927. Chesterton já passou pela "antologia", mas é tão bom que eu não resisto a citá-lo de novo. Peguei aqui, aonde cheguei graças a esta menção aqui.)

9.1.04

Lalá, gênio da raça

Rafael Lima chama a atenção para o centenário de nascimento de Lamartine Babo (1904-1963), neste sábado, 10 de janeiro. Bem, entre minhas idiossincrasias -não poucas- está a de detestar Carnaval, mas adorar marchinhas; um dos meus grandes objetivos na vida, aliás, é fazer minha voz soar como se fosse a de Francisco Alves emitida por um gramofone, com riscos e chiados. Portanto, é claro que Lalá ocupa lugar de honra no meu panteão. Volta e meia, sem ser tricolor, me pego assobiando esse excelente verme-de-ouvido que é o hino composto por ele para o Fluminense. E uma de suas músicas, "História do Brasil", que já citei aqui, resume e supera a obra completa de Oswald de Andrade ("Quem foi que inventou o Brasil?/ Foi seu Cabral, foi seu Cabral/ No dia 21 de abril/ Dois meses depois do Carnaval/ Depois Ceci amou Peri/ Peri beijou Ceci/ Ao som do 'Guarani'/ Do 'Guarani' ao guaraná/ Surgiu a feijoada/ E mais tarde o parati"). Além disso, quem há de negar que esse "do 'Guarani' ao guaraná" vale mais que todo o concretismo?

Só há uma coisa que eu gostaria de ver esclarecida: sempre achei o Amigo da Onça, clássico personagem de Péricles Maranhão, parecidíssimo (apenas fisicamente, é bom frisar) com Lamartine. Mas nunca li nenhum texto em que os dois fossem relacionados. Alguém aí sabe se essa suspeita procede? Se souber, conte-me.

8.1.04

As poucas e boas de Lampedusa

Pena que Giuseppe Tomasi, príncipe de Lampedusa (1896-1957), tenha escrito tão pouco. De seu único romance, "O Leopardo", diz o clichê que se trata de um grande livro do século 19 escrito no século 20. A técnica narrativa supostamente anacrônica é, contudo, perfeita: afinal, a história que se conta é a de uma nobreza siciliana precisamente no rumo do seu anacronismo. E é isso que torna a obra singularmente moderna. Melhor: não há nenhum traço de pitoresco ou mau folclore no modo como Lampedusa trata a Sicília, e seus personagens conseguem funcionar como símbolos das classes a que pertencem sem deixar de ser "redondos", complexos. E como o ragazzo escrevia bem.

Só que, tirante "O Leopardo", sobra pouquíssima coisa. O que sobra foi compilado num pequeno volume, lançado faz pouco no Brasil pela editora Berlendis & Vertecchia ("Os Contos"). Mesmo o título da obra é inexato: o primeiro "conto" é, na verdade, um longo esboço do que viria a ser o romance. Mas o melhor deles, "A Sereia", tem uma abertura que me faz arder de inveja por não tê-la escrito e um desenrolar surpreendente. Não resisto a reproduzir os parágrafos iniciais aqui (a tradução é de Loredana Caprara).

"No fim do outono daquele ano de 1938 encontrava-me em plena misantropia. Eu morava em Turim e a garota número 1, revistando nos meus bolsos enquanto eu dormia, à procura de algumas notas de cinqüenta liras, tinha encontrado também uma cartinha da garota número 2 que, apesar das incorreções ortográficas, não deixava dúvidas a respeito das nossas relações.

Acordei imediata e borrascosamente. O pequeno apartamento de via Peyron ressoou de escandescências vernáculas; para arrancar-me os olhos a querida moça fez uma tentativa que evitei somente lhe torcendo um pouco o pulso esquerdo. A ação de defesa, totalmente justificada, pôs fim à gritaria e ao idílio. Ela se vestiu depressa, colocou na bolsa pó-de-arroz, batom, lencinho e a nota de cinqüenta, causa mali tanti, gritou na minha cara um tríplice pourcoun! e foi-se embora. Nunca havia sido tão linda quanto naqueles quinze minutos de fúria. Da janela vi-a sair e afastar-se na neblina da manhã, alta, esbelta, em sua reconquistada elegância.

Nunca mais a vi, como nunca vi o pulôver de cachemire preto que custara uma nota e que tinha a funesta vantagem de poder ser usado por homens e mulheres. Ela só deixou, na cama, dois pequenos grampos torcidos, ditos 'invisíveis'.

Na mesma tarde eu tinha marcado um encontro com a número 2, numa doceria da piazza Carlo Felice. Na mesinha redonda no canto oeste da segunda sala, que era a 'nossa', não vi a cabeleira castanha da moça agora tão desejada, mas a cara esperta de Tonino, um irmão dela de doze anos, que acabara de engolir um chocolate com chantilly. Ao aproximar-me, levantou-se com a habitual gentileza turinesa. 'Monsú', disse, 'a Pinotta não vai vir; ela mandou lhe entregar este bilhete. Cerea, monsú'. E saiu levando duas brioches que haviam sobrado. Pelo cartão cor de marfim, eu era avisado da despedida definitiva, motivado por minha infâmia e 'desonestidade meridional'. Claro, a número 1 havia encontrado e instigado a número 2, e eu tinha ficado com um pé em cada canoa.

Em doze horas perdi duas moças utilmente complementares entre si, mais um pulôver de que gostava; e também paguei as consumações do infernal Tonino. Minha sicilianíssima auto-estima foi humilhada, eu fui menosprezado. Decidi, por algum tempo, abandonar o mundo e suas pompas." (Leiam, vale a pena.)

7.1.04

Os profetas do roquenrol

Por que alguns roqueiros se matam? Autocrítica? Vontade de legar um mundo melhor às futuras gerações? Sempre duvidei dessas duas hipóteses: se eles tivessem um mínimo de autocrítica, jamais encostariam numa guitarra, e o mundo não fica melhor com a exploração póstuma da obra dos roqueiros desnascidos. Minha tese: dons premonitórios. Os dois compositores do Badfinger, Pete Ham e Tom Evans, se suicidaram porque, de algum modo, previram que seriam regravados pela Mariah Carey ("I can't liiiiiiiiiiiiiiiiiive, can't give anymoooooooooooore...."). Ian Curtis, líder do Joy Division, enforcou-se porque profetizou que "Love Will Tear Us Apart", no futuro, seria o toque de celular mais popular do Reino Unido. Eu só não havia atinado com uma explicação para a morte de Kurt Cobain -até descobrir que alguém havia resolvido regravar "Come As You Are". Faz sentido, não?

6.1.04

História concisa da emepebê

Hoje é o dia do santo Reis. Os hermeneutas estão chegando, estão chegando os hermeneutas -por entre bancários, jatomóveis, ruas e avenidas. Eles chegam tocando sanfona e violão; se deixar com eles, eles levam até os bodes. Sem contar com o Calabouço, Flamengo, Botafogo, Urca e Praia Vermelha. Mó no patropi, tenho um fu e um viô. Tomo guaraná, suco de caju, goiabada para sobremesa. Só mesmo vendo como é que dói trabalhar em Madureira, viajar na Cantareira e morar em Niterói. Cidade que me seduz: de dia falta água, de noite falta luz. Eu também quero mocotó. Quem foi que roubou a sopeira de porcelana chinesa que vovó ganhou da baronesa? (A banda do Ruy Goiaba chegou para a-a-a-nalisar a festa. A festa não faz sentido algum, mas não importa. Não quero nem saber se o pato é macho, eu quero é ovo.)

2.1.04

Pornogramática

Já que o início do ano é uma época propícia a previsões, também farei as minhas, que se resumem a uma só: 2004 será o ano de Shirley Uáis, a primeira pornostar gramatical. Shirley difundirá a idéia de que aprender português não é divertido, mas pode ser gozado, com seus vídeos e DVDs da série "Banho de Língua com Shirley Uáis". Prevejo especial sucesso para o capítulo sobre conjunção -didaticamente ilustrado, com muitas interjeições- e a lição em que ela ensina a introduzir o agente da passiva. Finalmente os adolescentes espinhentos conseguirão jogar cinco-contra-um e estudar para o vestibular ao mesmo tempo. Que professor Pasquale, que nada: ninguém coloca os pronomes (na frente, atrás e no meio) tão bem quanto Shirley Uáis.